A colonização de Tapera iniciou aproximadamente no ano de 1897, quando começaram a chegar os primeiros colonos italianos e alemães. O povoamento era feito às margens dos rios, em virtude da água, necessária para o consumo, para a limpeza e para os animais, e também perto das estradas ou picadas, o que facilitava o acesso a outros locais, pois nessa região havia imensos pinheirais.
Coronel Gervásio Luccas Annes, ilustre Prócer e abastado cidadão de Passo Fundo adquiriu na Fazenda Nacional, uma ampla área de terras na Colônia do Alto Jacuí.
Movido pelo interesse e desejo de promover o desenvolvimento de suas posses, o Coronel resolveu mandar medir a área, para este trabalho convidou como sócio Alberto Schimidt, que se deslocou para o Alto Jacuí em meados de 1897, com homens, bagagens e todo aparelhamento necessário. Encontrou aqui residindo Germano Kroessin, vindo de São Leopoldo e Fabrício Boron, vindo de Garibaldi.
Enquanto ocorria a medição, Alberto Schimidt fazia a propaganda da região visando atrair colonos. Desta forma, escreveu cartas a conhecidos, viajou várias vezes às terras de São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Santa Cruz do Sul e Garibaldi, contatando pessoas de sua relação e de certo prestígio que ajudaram no intento de colonizar o Alto Jacuí.
Quando os primeiros colonizadores aqui chegaram para a medição das terras, encontraram um rancho abandonado, utilizado por viajantes que por aqui passavam e ali paravam para descansar à sombra e tomar água do riacho. Aquele casebre abandonado que servia de parada para os viajantes passou a denominar-se uma “tapera”, que servia de referência para os viajantes e de pouso para os tropeiros que viajavam das terras de Cruz Alta à Soledade.
Segundo relatos, o casebre foi construído por Anastácio Lopes, o “castelhano”, um foragido da justiça Argentina. Ao perceber que o local não era mais um esconderijo seguro, devido ao movimento que aumentava na região, “castelhano” fugiu e nunca mais foi visto. Conta-se que o local da “tapera” era aprazível e possuía uma bela vista.
Com o aumento da população, o povoado cresceu e tornou-se 3º Distrito de Carazinho. Mais tarde, em 18 de dezembro de 1954, a Vila Tapera, passou a categoria de cidade, criando-se o município de Tapera. Para que a emancipação ocorresse efetivamente houve o sonho e o trabalho em prol disto por parte dos seguintes emancipacionistas registrados em nossa história:
– Dr. Jacob André Avelino Steffens
– João Maximiliano Batistella
– Antônio Libório Bervian
– Hugo Euclides Siega
– Dr. Hugo José Germann
– João Batista Crestani
A instalação da primeira Administração do novo município deu-se em 28 de fevereiro de 1955, onde o primeiro prefeito eleito foi o odontólogo Dionísio Lothário Chassot.
Até o ano de 2008, o aniversário de emancipação do Município foi comemorado no dia 8 de maio, juntamente com a festa da Padroeira Nossa Senhora do Rosário da Pompéia. No entanto, segundo a Lei Municipal nº 2.337 de 24 de junho de 2008 este feriado foi extinto e instituiu-se o dia 28 de fevereiro de cada ano como o Feriado Municipal comemorativo ao aniversário de emancipação política e administrativa do Município de Tapera/ RS.
Atualmente nosso Município está passando pela 26ª Legislatura Municipal, sendo o atual prefeito Volmar Helmut Kuhn e o vice-prefeito Osvaldo Henrich Filho.
Economia
A economia no Município baseia-se no Agronegócio, destacando-se os seguintes produtos:
– Agrícola: celeiro de produção de sementes: soja, milho, trigo, cevada.
– Pecuária: produção leiteira, com destaque para as centrais regionais de recebimento de leite; suínos, aves, bovinos e ovinos de corte e apicultura.
– Setor industrial veem crescendo no Município com indústrias do Setor Metal Mecânico, produzindo máquinas e implementos agrícolas bem como serviços de serralheria em geral. Destaca-se também a indústria de artefatos de cimento.
– Comércio e a prestação de serviços veem crescendo e se qualificando para atendimento às demandas do mercado local e regional.